sexta-feira, 30 de julho de 2010

Seleção de atividades

Estarei disponibilizando uma série de atividade e projetos. Para o acesso a estes arquivos é necessário clicar no link paradoxo pedagógico no item atividades. Ao ser direcionado para o site do grupo faça a inscrição e após a liberação o acesso será permitido

Língua Portuguesa

Expectativa de escrita – 1ª série
          Macroestrutura — relato com algum desenvolvimento
          Pontuação expressiva — presente, colocada após a palavra emocionante.
          Pontuação lógica — presente, pouca quantidade e colocada em lugares inadequados na maior parte das vezes.
          Parágrafo — presente, divisão em dois ou três grandes blocos.
          Discurso direto — início de diferenciação entre narrador e personagem, utilizando pontuação (dois pontos e/ou travessão) mas tudo na mesma linha.
          Marcas de oralidade — presentes consistentemente, ocupando o lugar de pontuações, parágrafos, adjuntos adverbiais e conjunções.
          Repetição de palavras — consistente ainda, usando o substantivo ou pronome pessoal a maior parte das vezes. Começam a aparecer os primeiros usos de elipses.
          Ocupação do espaço — organização adequada de: título, nome de autor, diagramação da linha da prosa (sem denteamentos à esquerda, com poucos à direita), segmentação de palavras presente e consistente. Costuma errar “dentro do sistema” e em algumas palavras apenas

 Expectativa de escrita – 2ª série
          Macroestrutura — narrativa com desenvolvimento de ação.
          Pontuação expressiva — presente e adequada quanto ao local e ao
          Pontuação lógica — presente de forma consistente (na maior parte deveria haver uma pontuação, há); no local certo mas nem sempre pontuação colocar é adequada.
          Parágrafo — presente, em geral com urna frase por parágrafo.
          Discurso direto — diferenciação entre narrador e personagem marcada por pontuação, muda de linha, mas nem sempre deixam o parágrafo. Arriscam colocar o narrador depois da fala do personagem, mas nem sempre conseguem saber quando o narrador deve ficar na mesma linha e quando deve ir para a linha seguinte.
          Marcas de oralidade — devem ter diminuído bastante. Ainda aparecem simultâneas às pontuações ou parágrafos, mas geralmente nos momentos mais emocionantes. Já há muitas situações onde estão ausentes.
          Repetição de palavras — já costumam evitar a repetição utilizando elipses, pronomes possessivos aparecem com alguma freqüência e os oblíquos são raros.
          Ocupação do espaço — já não se espera mais ocupações inadequadas de espaço.


Expectativa de escrita – 3ª série
          Macroestrutura — narrativa Indiana Jones com alguns momentos onde a preocupação com a escolha de imagens já começa a surgir4
          Pontuação expressiva — presente e já com momentos onde é usada para se fazer jogos discursivos.
          Pontuação lógica — presente, consistente na quantidade, adequada no local e quase sempre na escolha de qual.
          Parágrafo — adequado na maior parte do texto.
          Discurso direto — adequado em todos os aspectos. Narrador e personagem separados por pontuação, parágrafo, letra maiúscula, posição adequada de narrador. Já não se espera que tenha necessidade de ficar escrevendo: e ele disse e ele respondeu...
          Marcas de oralidade — ausentes. Ainda costumam aparecer quando há momentos emocionantes, mas não de forma consistente.
          Repetição de palavras — já não devem utilizá-la. Recursos como uso de pronomes (pessoais, oblíquos, possessivos) e termos substitutivos são freqüentes, sendo um “escape” quando elas aparecem.
          Ocupação do espaço — adequada.


Expectativa de escrita – 4ª série
          Macroestrutura — narrativa com menos ação e mais detalhamento do contexto. Busca de imagens, começando a centrar o olhar no “como” se conta.
          Pontuação expressiva — presente, adequada e por vezes com jogos discursivos.
          Pontuação lógica — presente, adequada no onde e na escolha de qual na maior parte dos momentos. Os erros acontecem, é claro, mas são pontuais. Usam a pontuação para fazer jogos discursivos.
          Discurso direto — adequado em todos os aspectos.
          Marcas de oralidade ausentes.
          Repetição de palavras — ausentes. Quando aparecem são esporádicas.
          Ocupação do espaço — adequada.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Refletindo antes, durante e após o processo: a prática reflexiva.

"Ninguém pode ver-se a si próprio num espelho, sem se conhecer previamente, caso contrário não é ver-se, mas apenas ver alguém". Kierkegaard, Soren Aabye

Partir da mesma indagação feita por Perrenoud no capitulo 1 do livro A prática reflexiva no ofício de professor: profissionalização e razão pedagógica inicia o trilhar para compreender a visão do educador sobre a relevância da reflexão na formação do professor:

Será que “refletir” é apenas pensar no que faremos, fazemos e fizemos?

Primeiramente, Perrenoud afirma que a reflexão pressupõe certa exterioridade, isto é, uma distância da ação pedagógica, portanto, é necessário que ela exista antes, durante e após o processo. Colocar-se fora, dentro da sua prática pedagógica aproxima o educador dos objetivos que lhe competem no processo de ensino aprendizagem. Além disso, para que ela se configure deve ser crítica e analítica relacionando teorias e práxis de maneira permanente.

Crítica porque é a através da prática reflexiva que julgaremos e apreciaremos nossa ação identificando os aspectos negativos e positivos. Analítica porque examinaremos seu todo e suas partes buscando entender cada passo e cada etapa.

Através desta prática reflexiva durante distante ou sobre a ação é possível ao profissional fazer um balanço de sua ação, compreender o que deu ou não certo, angariar experiências dentro dos prós e contras, guiar as decisões, questionar os processos envolvidos dentro da práxis entre outros.

A partir de seus registros, das trocas constantes com aqueles que fazem parte do processo de educar (alunos, instituição, parceiros) que os erros necessários ao crescimento serão vistos e revistos.

A reflexão traz uma renovação diária de saberes e fazeres além de propiciar manutenções ou mudanças nas nossas dinâmicas de relações em grupos ou organizações. Trazendo a responsabilidade e a autonomia necessária para o ofício de professor. Um professor que reflete deixa de ser principiante e se torna ator e autor de sua profissão.

É importante firmar que ser educador não é apenas uma vocação. Educar se confirma na ação do ofício de ser professor.

Profissão é a atividade ou ocupação especializada, ou seja, o professor faz da educação seu oficio, seu trabalho, seu meio de subsistência. Como profissional da educação cabe ao professor refletir buscando aperfeiçoar e melhorar a sua prática e seus conhecimentos.

Atualmente o mundo se constitui muito diferente de anos, décadas atrás, cabe ao professor em sua prática reflexiva atualizar-se para que desta forma tenha a sua disposição uma ação pedagógica inovadora, contemporânea que abarque os conhecimentos necessários a inserir o sujeito nesta sociedade. Deve ter uma visão ampla, informatizada, e generalizada.

Há inúmeros fatores motivadores para a reflexão; problemas a resolver, crise a solucionar, decisões a tomar, ajustes, auto-avaliações, reorganizações, construção de saberes, trabalho em equipe, entre outros.

A reflexão mostra-se como uma maneira de ver, sentir, agir e ser no mundo. Em alguns momentos ela aparece episódica. Um determinado fato a desencadeia; conflito, indisciplina, dificuldades de aprendizagem, entrevistas com pais, discussão em grupo, etc. Sendo assim, observa-se que todo sujeito é passível de uma reflexão, uma reflexão muitas vezes ocasional e que estimula ações empíricas.

Dentro deste pressuposto, impõe-se a relevância de uma prática reflexiva metódica, regular, e instrumentalizada que trará tomada de consciência e mudanças da práxis pedagógica.

Perrenoud (2002), afirma:

“Uma prática reflexiva não é apenas uma competência a serviço dos interesses do professor, é uma experiência da consciência profissional. Os professores que só refletem por necessidade e que abandonam o processo de questionamento quando se sentem seguros não são profissionais reflexivos.” (pg.50)

Desenvolver esta prática suscita uma aprendizagem sobre os benefícios que esta reflexão trará ao profissional. Novas condutas surgem atreladas a este refletir. Não refletimos apenas sobre o como, mas sobre o porquê optamos por certas ações, resoluções e decisões.

Sua essência deve estar preenchida de muito trabalho e disponibilidade; para que exista de forma instrumentalizada deve ser cultivada com leituras, formações e saberes acadêmicos ou profissionais construídos por outros. (Perrenoud, 2002)

Durante a nossa ação diária, nos planejamentos, trabalhos em equipes, workshops entre outros aprendemos a refletir sobre os aspectos relevantes de nossa prática.

Torna-se essencial que o profissional desenvolva em si autoconfiança, competências em múltiplos saberes (um ser interdisciplinar), capacidade de discernimento e antecipação.

A partir de nossa competência reflexiva assumiremos os desafios e as escolhas feitas dentro do nosso ofício, transformando nossos questionamentos em problemas para que posteriormente os resolvamos através de nossos saberes ou de métodos.

A prática reflexiva insere o profissional no mundo em uma relação ativa e não passiva aos acontecimentos que o circunda. Para uma ação mais equilibrada e tranqüila o profissional deve identificar o que compete ou não dentro de seu oficio e é através desta reflexão que esta percepção será aguçada. Desta forma ele poderá aumentar sua capacidade de inovar, de ousar e de dar mais sentido e contexto ao seu trabalho dentro da instituição em que atua.

Um profissional que reflete dentro de uma prática instrumentalizada é um profissional capaz de fazer inferências e legitimar ou não suas ações e prioridades. Deve ter o hábito de duvidar, de fazer perguntas, de levantar hipóteses, de debater, de questionar. Apresentar uma postura reflexiva.

Perrenoud (2002) afirma que:

“A prática reflexiva é uma relação com o mundo: ativa, crítica e autônoma; ela não pode ser desvinculada do conjunto da prática profissional, isto é, ela não é específica, nem um componente autônomo. Ela favorecesse a instalação de esquemas reflexivos, pois, uma parte da ação pedagógica é feita de urgência e improvisação, por meio da intuição sem apelar a conhecimentos.” (pág.65)

Uma das funções da prática pedagógica é permitir que o profissional tome consciência de seus esquemas e, quando eles são inadequados fazer com que evoluam. Quando incorporamos, interiorizamos o nosso saber fazer obtemos desta forma o domínio prático da ação.

Um profissional reflexivo sai de cima de um paradoxo pedagógico entre a teoria e a prática e assume de forma verdadeira a sua profissionalização; saber analisar constantemente sobre si mesmo, sobre suas questões implícitas, sobre sua cultura, sobre suas teorias, sobre sua relação com os outros, sobre suas formas de ação e reação; sobre o que ocorre dentro da sala de aula e na instituição escola, nos registros pedagógico, didático, sociológicos, antropológico, psicológico e psicanalítico. (Perrenoud, 2002)

É necessário que durante a prática o profissional tenha a capacidade de compreender e interpretar as situações sui generis que se apresentam dentro das diferentes esferas do processo educativo.

Mais do que especificidades o educador deve dominar a totalidade das situações que se apresentam. A prática docente possui uma importância fundamental dentro da estrutura de uma sociedade. Os professores através dela, formam e influenciam sujeitos co-participantes desta prática.

Perrenoud coloca (2002)

“Uma prática reflexiva não é uma prática específica nem um componente autônomo do ofício de ser professor, como o planejamento de uma seqüência didática, a moderação de um conselho de classe, o trabalho a partir do erro dos alunos ou a realização de procedimentos de projeto. A prática reflexiva não pode ser desvinculada do conjunto da prática profissional.” (pág.72)

Isto significa que somente um professor reflexivo conseguirá formar novos professores reflexivos.

Um profissional da área da educação detém o avanço e o retrocesso de nossa sociedade, além de contribuir ou não com o desenvolvimento de Homens críticos e de participação ativa nas decisões do grupo social que interagem.

É indispensável, portanto, profissionais que compreendam, conheçam o mundo de seus educandos, a sua linguagem, suas vivências e experiências e através de seus esquemas reflexivos, contextualize dentro de todo processo de aprendizagem situações que possibilitem significar os saberes formando-o globalmente.

Como afirma Perrenoud (2002),

“Um componente central de uma prática reflexiva: a capacidade de ir e vir do particular para o geral, de encontrar formas de interpretação teórica para explicar uma situação singular, bem como de identificar com rapidez incidentes críticos ou práticas que permitam desenvolver ou questionar uma determinada hipótese. “ (pág. 114)

A reflexão pode ter como principal objetivo fornecer ao professor informação correta e autêntica sobre a sua ação, as razões para a sua ação e as consequências dessa ação; mas essa reflexão também pode apenas servir para justificar a ação, procurando defender-se das críticas e justificar-se. Assim, a qualidade e a natureza da reflexão são mais importantes do que a sua simples ocorrência.

Através da prática reflexiva há um ganho na compreensão e esta nova compreensão pode fazer surgir um insight sobre o que significa ser professor, ou seja, o que significa ser um profissional da educação. Uma prática reflexiva proporciona aos professores oportunidades para o seu desenvolvimento, tornando-os profissionais mais responsáveis, melhores e mais conscientes.

Como aponta Perrenoud (2002), a prática reflexiva deve estar baseada nas competências profissionais:

1. organizar e estimular situações de aprendizagem

2. gerenciar a progressão das aprendizagens

3. conceber e fazer evoluir dispositivos de diferenciação

4. envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho

5. trabalhar em equipe

6. participar da gestão da escola

7. informar e envolver os pais

8. utilizar as novas tecnologias

9. enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão

10. gerenciar sua própria formação contínua (Perrenoud, 1999 a)


Um profissional reflexivo está inserido dentro da reflexão, ele aceita fazer parte do problema e reflete sobre sua própria relação com o saber, com as pessoas, como o poder, com as instituições. A prática reflexiva faz parte de sua rotina e está baseada não somente em momentos solitários, mas em troca informais ou formais.

Inserir uma prática reflexiva é um convite como coloca Perrenoud (2002, pág.198) a construção de seus próprios procedimentos em função dos alunos, da prática, do ambiente, das parcerias e cooperações possíveis, dos recursos e limites próprios de cada instituição, dos obstáculos encontrados e previsíveis.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Projeto de Ciências

PROJETO: Animais – conhecer para preservar! Xó extinção! Elaborado por: Ana Beatriz

INTRODUÇÃO:

Trabalhar com crianças na faixa etária das 3ª séries pressupõe buscar temáticas atraentes e significativas que possibilitem um trabalho de atrelar aos conteúdos das disciplinas oportunizar os alunos de colocarem o conhecimento prévio que tem do assunto, de tornar próxima a aprendizagem, de motivar a participação e de ampliar o repertório de forma contextualizada tranqüila e enriquecedora. Às vezes se faz necessário partir do óbvio para atingir metas e objetivos pedagógicos.

A partir desta reflexão e deste contexto que desenvolver um trabalho com tema Animais foi tomando maior forma e maior consistência.

Porém, a temática “animais” abre um leque de conhecimento muito grande e ao se trabalhar com projetos é necessário delimitar o campo de estudo. Assim, surge a idéia de trabalhar com os animais em risco de extinção partindo do pressuposto que Ciência é um fazer humano. É um método de aprendizagem que pressupõe habilidades como: observação atenta, formulação de hipóteses e sistematização de informações. Através de sua ação prática torna-se uma atividade coletiva, isto é, reconhece o indivíduo em um contexto natural abrangente que está em permanente transformação e evolução. Sendo assim, desenvolve valores essenciais no individuo como a prática do trabalho em grupo e do compartilhar, o respeito a diversidade, e a co-responsabilidade para o equilíbrio e a manutenção do planeta

As atividades propostas têm como objetivo aproximar os alunos de alguns animais considerados em risco de extinção: mico leão dourado, onça pintada, suçuarana, jaguatirica, tucano de bico verde, papagaio-de-cara-roxa, jacaré de pão amarelo, lobo guará, baleia azul, leão marinho, tamanduá bandeira e tartaruga de pente; e através dos estudos dos textos informativos, dos vídeos, que cabe uma mudança de atitude para evitar que estes animais se tornem extintos e o que significaria para todo o ciclo da natureza.

Além disso, proporciona uma investigação sobre os animais pré-históricos e o motivo de não existirem mais na natureza.

Objetivo geral: Desenvolver no aluno competências que lhe permitam compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e agente de transformações do mundo em que vive. Fomentando – o a formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes. Possibilitar o aluno, a saber, combinar leituras, observações, experimentações, registros, etc., para coleta, organização, comunicação e discussão de fatos e informações e valorizar o trabalho em grupo como forma cooperativa para a construção coletiva do conhecimento.

Habilidades
  Leitura e interpretação de diferentes linguagens; textos narrativos, informativos; mapas; fotos; gravuras; desenhos; gráficos; tabelas e outros.

 Escrita para a produção de textos em diversas linguagens e para a organização e registro de informações.

 Expressão oral: exposição de idéias com clareza, argumentação coerente e a capacidade de análise de argumentações de outras pessoas.

 Análise e interpretação de fatos e idéias, incluindo a coleta e organização de informações, estabelecimento de relações e a formulação de perguntas e hipóteses.

CONTEÚDOS ARTICULADOS AO PROJETO

Língua Portuguesa, Ciências, Matemática e Geografia

• Listas e pequenos testos informativos: estrutura textual, aspectos informativos e interpessoal da linguagem.

• Construção de sentido na produção escrita de textos: relação de significado entre as frases;

• Revisão da escrita como procedimento para aperfeiçoar o texto;

• Linguagem oral e escrita

• Uso da letra maiúscula;

• Separatibilidade entre as palavras

• A vida no passado da Terra

• Os dinossauros e mamíferos pré-históricos do Brasil

• Os diferentes modos de vida dos vertebrados (a vida na terra, na água e no ar)

• As condições climáticas e adaptação à vida nos desertos, nos pólos e nas florestas.

• Características dos principais grupos de mamíferos

• Mamíferos que vivem no Brasil

• Noções e conceitos centrais: transformação, ciclo e interação, adaptação e diversidade, matéria, vida e ambiente, cadeia alimentar, tempo geológico. • Numeração: a unidade de milhar

• Escrita, comparação e decomposição de números naturais.

• Regularidades presentes no sistema de numeração decimal

• Números pares e ímpares

• Números ordinais

• Multiplicação simples

• Tabuada (organização e início da memorização) Estimativa e cálculo mental

• Medidas de litro

• Medidas de massa

• Medidas de comprimento

• Medida padronizada de tempo: comparação entre diferentes instrumentos utilizados para marcar o tempo; leitura de horas em diferentes relógios; estimativa de hora, meia hora e minutos: calendário.

• Medida de temperatura

• Tabelas: montagem e interpretação. • Paisagens brasileiras

• Rios, mares e oceanos brasileiros

• Mata Atlântica: fauna e flora

Objetivos

• Ler, interpretar, apreciar e discutir textos literários e não literários, considerando a função social dos mesmos.

• Ler depoimentos, identificando-os como fonte de informação e expressão de idéias.

• Observar e fazer uso progressivo dos sinais de pontuação que marcam os diálogos nos textos narrativos e da letra minúscula em títulos, inícios de frases e nomes próprios.

• Revisar aspectos notacionais nas produções de textos como procedimentos necessários a eficiência da comunicação escrita.

• Aperfeiçoar o traçado correto da letra cursiva

• Separar corretamente as palavras em um texto

• Observar a existência de regras ortográficas em nosso sistema de escrita. • Observar atentamente ambientes, situações, materiais e seres vivos, para deles obter informações.

• Recorrer a fontes diversas (observação, experimentação, entrevista, pesquisa bibliográfica, entre outros) para obter informações complementares ao que se está estudando.

• Ler e interpretar registros de imagens (figuras, fotos, mapas, gráficos de barras e maquetes) ou informações científicas obtidas a partir da leitura de textos realizadas por outros ou por si mesmo.

• Expressar hipóteses, idéias, resultados de observações e conclusões oralmente ou por meio artístico (desenhos, música ou representações teatrais, por exemplo).

• Produzir pequenos textos que sintetizem conhecimentos adquiridos.

• Ler e escrever números naturais até milhar (?)

• Perceber regularidade da escrita numérica e do sistema de numeração decimal

• Compreender as regras do sistema de numeração decimal por meio da decomposição de números naturais.

• Conhecer e estabelecer relações entre unidade, dezena, centena e unidade de milhar.

• Localizar um número na reta numerada, percebendo regularidades.

• Identificar números pares e ímpares

• Aplicar em situações cotidianas o conhecimento sobre números ordinais

• Associar a multiplicação por meio do algoritmo convencional, com auxilio do quadriculado.

• Compreender as ideais envolvidas na divisão por meio de situações problemas e jogos.

• Identificar dados essenciais para resolução e elaboração de problemas

• Criar, utilizar e justificar diferentes processos para resolver problemas.

• Conhecer as medidas de massa e estabelecer relação entre elas

• Introduzir a idéia de litros e mililitros

• Conhecer a unidade utilizada para medir temperatura

• Identificar unidades de medida de cumprimento e a relação entre elas

• Conhecer e comparar os diferentes instrumentos utilizados para marcar o tempo.

• Ler e interpretar informações contidas em imagens

• Produzir textos escritos a partir da interpretação de gráficos e tabelas.

• Interpretar e organizar listas, tabelas e gráficos de barras simples, para comunicar as informações obtidas em pesquisa. • Descrever a importância dos mares para os seres humanos

• Conhecer diferentes paisagens vegetais brasileiras.

• Conhecer a história da Mata Atlântica

• Descrever a relação existente entre os elementos da natureza tendo como exemplo a Mata Atlântica

• Reconhecer a importância de preservar e cuidar daquilo que pertence a todos

• Formar uma consciência ecológica

RECURSOS O projeto terá como eixo os conteúdos da disciplina de Ciências. A partir deste contexto serão elaboradas atividades que integrem os conteúdos de outras áreas de conhecimento como Língua Portuguesa, Matemática e Geografia.

Serão elaboradas fichas com diferentes tipos de textos informativos e com atividades de sistematização. Durante o projeto as crianças terão acesso a diferentes tipos de leituras (textos informativos, contos, fábulas, etc) além de estratégias como pesquisas, trabalhos em grupo e em dupla de maneira a propiciar um espaço de argumentação, de opinião, de interação como a aprendizagem.

A temática propicia também a utilização de mapas e apresentação de vídeos como fonte visual importantíssima para a aprendizagem

Bibliografia programada:

• Procura-se! Galeria de animais ameaçados de extinção – Companhia das Letrinhas

• Contos de bichos do mato – Ricardo Azevedo/ Editora Ática

• Amigos da onça – narrativas do folclore – Ernani Ssó/Companhia da Letrinhas

• Zoonário – Antonio Barreto/Mercuryo

• Diário de um Papagaio – uma aventura na mata atlântica – Lalau e Laurabeatriz/ Cosacnaif

• Como contar crocodilos – histórias de bichos – Margaret Mayo/ Companhia das Letrinhas

Livros de Apoio:

• Ler e escrever – PIC – projeto intensivo no ciclo

• Planos Curriculares (SEFRAN)

Vídeos:

• Tainá, uma aventura na Amazônia

ESTUDO DE MEIO Sabemos o quanto um estudo de meio torna significativo à aprendizagem. Assim para contextualizar e aproximar o aluno do conteúdo que está sendo estudado é importante um estudo de meio que possibilite o contato com este conhecimento adquirido:

Sugestão de estudos de meio:

Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo - http://www.usp.br/mz/visitas/info_geral.html

TEMPO ESTIMADO O projeto terá seu início na última semana do mês de agosto e contará a principio com três dias da semana para o seu desenvolvimento (segundas, quartas e quintas) além de um dia no laboratório de informática (sexta feira). Esses dias priorizaram a interdisciplinaridade como base do trabalho e possibilitam que nas outras aulas sejam trabalhados os conteúdos não articulados ao projeto.

Seu término está previsto para novembro após a semana de avaliação.

Perfazendo assim 14 semanas de trabalho.


AVALIAÇÃO O projeto terá uma avaliação continua e processual e durante sua realização serão elencadas atividades diversificadas com pequena pontuação (de 0 a 2,0) compondo assim juntamente com uma prova mensal e outra trimestral a nota do aluno.

Será levado em conta a participação do aluno nas atividades individuais, em dupla e grupo; a execução das atividades de sistematização (caderno, fichas, livros) bem como suas atitudes frente aos diferentes recursos utilizados no decorrer do projeto.

As atividades avaliativas mensais serão realizadas no mês de outubro (de 01 a 10) e as atividades avaliativas trimestrais no mês de novembro (de 14 a 24). Os pesos das avaliações serão definidos no período após análise das atividades de processo. Podendo valer de 0 a 10 ou como composição de nota.

Ao término do projeto será realizada uma auto-avaliação a qual não será dada peso algum.

Projeto de comunicação

PROJETO 4ª série/5ºano : Projeto diário


Elaborado por: Ana Beatriz Assali

DURAÇÃO: três meses

SITUAÇÃO COMUNICATIVA:

A construção de diários para produção espontânea. Exposição das produções escritas dos alunos.

(Para embasar a situação comunicativa o gênero textual DIÁRIO é norteador do trabalho a ser desenvolvido)

DISCIPLINAS:

Linguagem e Códigos (Língua Portuguesa e Artes)

APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA:

Um dos principais objetivos da 4ª série é fazer da escrita um processo no qual o educando reflita sobre suas próprias produções, aprendendo a manipulá-las, corrigi-las, reestruturá-las, entre outras ações.

É necessário que o aluno participe de situações em que falar, ouvir, ler e escrever, tenham sentido colocando-os assim, em contato com a escrita, como verdadeiros usuários da Língua.

A partir deste contexto, surge o Projeto Diário que, além de trabalhar com todos os aspectos deste gênero textual, propicia momentos de imaginação criadora, estimula a escrita autônoma.


OBJETIVOS GERAIS:

• Favorecer a criação de formas artísticas, potencializando poéticas pessoais e envolvendo processo de criação que se conectam ao repertório pessoal e cultural, às potências criadoras, à pesquisa e outras.

• Escrita: produção de textos diversos em diferentes linguagens; organização e registro de informações.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

 Construir o conceito de linguagem figurada e empregá-la adequadamente.

 Identificar a finalidade dos textos de diferentes gêneros

 Construir textos cuidando da separação de parágrafo e evitando a repetição de palavras substituindo nomes pelos pronomes.

CONTEÚDOS:

• Construção de sentido na produção escrita de textos: relação de significado entre as frases.

• Revisão de escrita como procedimento para aperfeiçoar o texto

• Revisão de aspectos discursivos nas produções de textos como procedimentos necessários à eficiência da comunicação escrita.

• Formulação de hipóteses para a escrita correta de algumas palavras, confronto de ideias acerca de algumas palavras, confronto de ideias acerca das convenções que regem o sistema de escrita, descoberta e uso progressivo das regras ortográficas

• Construção de biografias, autobiografias e relatos pessoais

HABILIDADES:

• Participar de situações de interlocução com colegas e adultos;

• Ampliar o vocabulário;

• Empregar o vocabulário adquirido nos relatos e na produção dos textos;

• Formular explicações e conclusões de maneira individual e coletiva relacionadas;

• Customizar seu diário utilizando diferentes materiais (cartolina, camurça, colagem, recortes,etc)

• Produzir textos utilizando a estrutura do gênero textual.

• Produzir biografia utilizando dos recursos estruturais do gênero, porém adaptando ao seu diário

• Produzir autobiografia utilizando dos recursos estruturais do gênero, porém adaptando ao seu diário

• Produzir relato pessoal utilizando dos recursos estruturais do gênero, porém adaptando ao seu diário

• Compartilhar situações vividas atualmente ou passadas descritas em seu diário

• Trabalhar em grupo de forma a produzir um produto coletivo


ETAPAS :

1ª ETAPA - APRESENTAÇÃO DO PROJETO PARA AS CRIANÇAS

A sensibilização sobre a temática do projeto teve inicio com a unidade trabalhada do livro Construindo a escrita. Inicialmente foi proposta a leitura de um trecho do livro Nossa rua tem um problema. Este trecho escrito como diário pessoal possibilitou que a estrutura deste gênero textual fosse trabalhada.

Em uma conversa informal compartilhamos nossas vivências sobre a utilização de um diário e sobre os diferentes tipos de utilização.

Após esta introdução, em uma roda de conversa, foi apresentada a proposta do projeto e, em conjunto, traçadas as estratégias a serem desenvolvidas.

2ª ETAPA - APRESENTAÇÃO DE UM MODELO

1. Para possibilitar uma referência ao trabalho que será realizado teremos como instrumento sensibilizador o livro O diário escondido de Serafina de Cristina Porto.

2. Com a leitura do livro os alunos poderão observar as maneiras que a personagem Serafina o utiliza, no de correr da história, para se expressava e interagir com o seu diário.

3. Os alunos também customizarão o seu diário e para tanto cada um receberá um caderno e através de um modelo feito pela professora utilizarão de materiais diferenciados para criar o seu.



3ª ETAPA - O DIÁRIO



O objetivo principal deste projeto é incentivar a escrita espontânea e o fortalecimento da identidade da classe.

1.Os alunos terão momentos especiais para poderem escrever no seu diário.



2. Os diários podem ser trocados e os colegas poderão escrever no diário do colega e fazer a leitura do mesmo desde que o dono permita.



3. Identificar como Serafina cria estratégias no seu diário e buscar estratégias próprias tornando-o não somente um local de registro escrito, mas de situações diversas com de datas de aniversário, referencias de fatos diversos como sonhos, descobertas, etc.



4. Durante a semana serão lidos capítulos do livro Serafina, em roda, e através de um diálogo informal iremos percorrer a história buscando identificar os gostos de Serafina, seus ídolos, seus sonhos, etc.



5. Durante a leitura do livro serão trabalhados os seguintes itens:

A cidade imaginária de Serafina

A relação entre Serafina e seu Nonô

A sua cidade imaginária

Análise do estilo “diário” de escritura

As histórias infantis citadas no livro

Definindo Serafina

Estrutura de diário

Indicadores de que seu Nonô era um adulto especial

Pesquisa: Mozart

Tempo Narrativo

6. Tipos de diário: Nas aulas de informática iremos conhecer um pouco mais sobre os diferentes tipos de diário: de bordo, de viagem, diários de classe, diário íntimo. Os alunos preencherão uma tabela comparando a utilização destes diferentes diários. Este registro será exposto na sala de aula.

7. Nas sessões de escrita planejadas semanalmente serão dedicados aulas para explorar os diários e trabalhar sobre sua estrutura. Coletivamente organizaremos as descobertas feitas em um cartaz que será exposto na sala e os alunos irão registrar no seu caderno de descoberta. Para esta investigação os alunos terão acesso a pequenos trechos de diferentes diários: Diário de Anne Frank, O diário da princesa, Meu querido diário otário, mais as informações obtidas inicialmente com o trabalho realizado com o trecho do livro Nossa Rua tem um problema atividade inicial e sensibilizadora do projeto.

8. Customização do diário – cada aluno ganhará um caderno brochura capa dura ¼ com algumas folhas decoradas. Previamente preparar o material que os alunos terão acesso e poderão escolher livremente para elaborar a capa e a contra capa do seu diário: papel camurça colorido, papel espelho, papel criative paper, cola colorida com gliter e metalizada, moldes de letras, diferentes figuras para montagem feitas com furador, tesouras de picote, figurinhas adesivas (stickers).

4ª ETAPA - ATIVIDADES LINGUISTICAS

1. Apresentar aos alunos trechos do livro Nossa rua tem um problema com a visão da irmã do Chico e outro trecho com a visão dos meninos da rua.

2. Depois das leituras dos dois trechos questionar se eles foram escritos pela mesma pessoa e de que forma eles perceberam isso.

3. Na lousa o professor irá registrar tudo o que os alunos acham que caracterizam este gênero. Registrar também o motivo que leva algumas pessoas a escreverem diários.

4. Em grupos os alunos irão refletir sobre a função de outros diários como : diário de viagem, diário de bordo, diário do professor, diário de descobertas.

5. Retomar os trechos lidos inicialmente e identificar de quem pertence determinada página e qual o problema segundo cada visão.

6. Questionar os alunos e registrar as respostas: Quem escreve um diário escreve para que leitor? Quais as diferenças e semelhanças entre biografia e autobiografia.

7. Para realizar a comparação anterior trabalhar com a biografia de Cristina Porto e a autobiografia de Michele Iacocca.

8. Expor em sala as descobertas feitas e registrar no caderno

9. Além do trabalho principal com o gênero diário paralelamente serão trabalhados os gêneros biografia, autobiografia e relato pessoal.

5ª ETAPA - CONHECENDO A AUTORA E O ILUSTRADOR

Os alunos terão acesso a biografia da autora Cristina Porto e a do ilustrador Michele Iacocca. Após a leitura dos textos identificarão os fatos importantes sobre a história do ilustrador.

O objetivo é elaborar um portfólio com as impressões do grupo sobre a personagem, com pequenos depoimentos, desenhos dos alunos representando Serafina.

Pesquisar na biblioteca da escola livros ilustrados por Michele Iacocca ou escritos por ele e comparar os personagens criados por ele.

Os estudantes, por meio da leitura da biografia e autobiografia de Cristina Porto e Michele Iacocca, respectivamente, e o do estudo linguístico, poderão identificar as características desses gêneros, comparando-os com o gênero diário

6ª ETAPA – RELATO PESSOAL

A sensibilização sobre o gênero relato pessoal teve inicio com a unidade trabalhada do livro Português – Linguagens (Willian Roberto Cereja). Inicialmente foi proposta a leitura de um trecho do livro O livro dos medos, Companhia das Letrinhas. Este trecho escrito como relato pessoal possibilitou que a estrutura deste gênero textual fosse trabalhada.

1. Apresentar aos alunos o relato O medo de voar retirado do Livro dos medos de Milton Hatoum.

2. Depois da leitura do relato questionar por quem este texto foi escrito e de que forma eles perceberam isso.

3. Na lousa o professor irá registrar tudo o que os alunos acham que caracterizam este gênero. Registrar também o motivo que leva algumas pessoas a escrever relatos pessoais.

4. Questionar os alunos e registrar as respostas: Quem escreve um relato pessoal escreve para que leitor? Quais as diferenças e semelhanças entre biografia, autobiografia e diário.

7ª ETAPA - EXPOSIÇÃO

A base da exposição será os diários customizados pelos alunos

8ª ETAPA - AVALIAÇÃO

Estes são alguns aspectos elencados que serão avaliados durante o desenvolvimento do projeto:

• Participação dos momentos de leitura, fazendo perguntas sobre aquilo que foi lido e sobre o que estão aprendendo

• Seleção de outros livros para ler por si mesmas nos horários destinados a isso tendo como referência a autora e o ilustrador trabalhados

• Escrever textos consultando as descobertas realizadas sobre os diferentes gêneros trabalhados (diário, biografia, autobiografia e o relato pessoal)

• Participação dos momentos de escrita coletiva, apresentando conhecimento sobre os gêneros trabalhados e durante o desenvolvimento do projeto com sugestões e idéias

Além destes aspectos será dedicado uma página no diário de cada um para que eles possam relatar o que foi para desenvolver este projeto.



BIBLIOGRAFIA

Hernández, Fernando. A organização do currículo por projetos de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 1998.



Porto, Cristina, O diário escondido de Serafina. São Paulo: Ática.



Carvalho, Carmen Silvia ET. Construindo a escrita 3ºano. Ed. Ática. São Paulo



Sites

http://catracalivre.folha.uol.com.br/2010/03/diario-de-anne-frank-tem-download-gratuito-na-internet/



http://www.rivkah.com.br/tradicoes/annefrank/annefrank.htm

terça-feira, 27 de julho de 2010

Por que um profissional interdisciplinar e reflexivo?

Em janeiro de 2005, na Folha de São Paulo, uma matéria sobre A escola e o profissional do futuro analisa a nova sociedade globalizada que desponta e novas as tendências do mercado de trabalho atual que exige o surgimento de um novo perfil profissional.

Nesta análise observa-se a necessidade que vai além de uma reforma curricular, perpassa por uma reflexão a respeito de nossas formas de pensar e agir.

Como cita Libâneo (1998) há novas exigências educacionais que pedem às universidades e cursos de formação para o magistério:

“(...)um professor capaz de ajustar sua didática às novas realidades da sociedade, do conhecimento, do aluno, dos diversos universos culturais, dos meios de comunicação.(...) de uma cultura geral mais ampliada, capacidade de aprender a aprender, competência para agir na sala de aula, habilidades comunicativas, domínio de linguagem informacional, saber usar meios de comunicação e articular as mídias e multimídias”.(pg.10)

O educador é o centro de toda a prática educativa. Portanto, os cursos Superiores em Educação devem ter como objeto essencial de estudo o Humano. Uma reformulação curricular que tenha como objetivo a formação de uma postura reflexiva do profissional e não uma reflexão episódica como todos nós fazemos perante nossas ações.

Como afirma Alarcão, o professor reflexivo é aquele que pensa no que faz que é comprometido com a profissão e se sente autônomo, capaz de tomar decisões e ter opiniões. Ele é, sobretudo, uma pessoa que atende aos contextos em que trabalha, os interpreta e adapta a própria atuação a eles. Os contextos educacionais são extremamente complexos e não há igual a outro

Esta formação reflexiva, argumentativa e crítica deve ser parte fundamental nos cursos de graduação, pois segundo Perrenoud (2002), a formação, inicial e contínua, embora não seja o único vetor de uma profissionalização progressiva do ofício de professor, continua sendo um dos propulsores que permitem elevar o nível de competência dos profissionais.

Mas, em alguns momentos prioriza-se o ensino conteudista, teórico e esquece-se que ver-se na ação e depois rever-se nesta ação é que possibilita sempre um repensar de nossas ações.

Como nos aponta Perrenoud (2002)

“ O desafio é ensinar ao mesmo tempo atitudes, hábitos, savoir-faire, métodos e posturas reflexivas. Ainda complementa, é preciso aceitar algumas perdas: para que os alunos aprendam a se tornar profissionais reflexivos, é preciso renunciar à atitude de sobrecarregar o currículo da formação inicial de saberes disciplinares e metodológicos.“(pág.18)

É necessário que durante o seu preparo o futuro professor se capacite para, compreender o universo cultural do seu aluno. Adquirir a consciência da pluralidade cultural e perceber que há um confronto constante do pensamento com variados universos que faz com que sejam superados preconceitos e que surja a crença na capacidade de desenvolvimento do educando.

Segundo Fazenda (1995), o professor interdisciplinar traz em si um gosto especial por conhecer e pesquisar possui um grau de comprometimento diferenciado para com seus alunos, ousa novas técnicas e procedimentos de ensino, porém, antes os analisa e dosa-os convenientemente, sendo assim, este profissional traz a si a postura reflexiva quase que permanente na sua atuação profissional.

Este professor deve estar capacitado a analisar criticamente os diversos discursos, o que, se espera, deve facilitar seu trabalho de ajudar o seu futuro aluno a melhor compreender e criticar textos, práticas, experiências e padrões culturais. O interdisciplinar pode e deve realmente constituir um motor de transformação pedagógica.

Reafirmando Fazenda (1979),

“O enfoque interdisciplinar irá possibilitar uma melhor formação geral quando propicia o acontecer de uma situação dialógica; será o meio para uma formação profissional ao projetar uma dimensão crítico e realista e principalmente como incentivo à formação de pesquisadores e pesquisas ao ser o princípio de unificação e não unidade acabada.”

A interdisciplinaridade prepara melhor os indivíduos para a formação profissional que, hoje em dia, cada vez mais exige a contribuição de várias disciplinas, conseqüentemente, certa formação polivalente. (Japiassu, 1976)

Este profissional interdisciplinar, reflexivo em sua prática será capaz de ousar para transformar as amarras desta educação atual. O ousar é para o educador a liberdade e o encontro com o seu ideal de educação, sua posição frente às forças ideológicas que moldam o ensino do nosso país, sua argumentação frente as diferentes formas políticas que mobilizam e atravancam o desenvolvimento do nosso povo e será o abrir as portas para a socialização e para a democracia.