“Quem conta ou ouve histórias já deve ter percebido que este é um ato terapêutico, tanto para o contador como para o ouvinte. Quando o conto tocou o coração do contador, é bem provável que toque o do ouvinte também. Dizem que contar histórias é um ato de amor... alimento puro para as nossas almas. Inspiração para a nossa criação”.
Rosaly Stefani
Dentro dos objetivos de Língua Portuguesa, neste 1º Trimestre, procurei desenvolver a habilidade de produzir textos selecionando e combinando palavras de forma a evidenciar a sonoridade e o ritmo através de rimas.
Para tanto, iniciei o trabalho de cordel tendo como gerador o texto “Vaca Estrela e Boi Fubá” do cordelista e repentista Patativa do Assaré.
Os cordéis são livretos confeccionados em papel jornal que através de versos de poetas populares contam, de modo pitoresco, satírico, cômico ou trágico, casos verdadeiros ou fictícios, sempre relacionados à cultura de determinada região ou município. São chamados de Literatura de Cordel por serem costumeiramente pendurados em cordões nas barracas das feiras populares do interior dos Estados do Nordeste.
Como iniciamos o ano letivo lendo e produzindo textos narrativos que tinham como base os contos de mistério, os cordéis aproximaram os alunos de uma estrutura textual totalmente diferente.
Brincar com os versos, construir rimas, aproximar as produções das estruturas métricas utilizadas no cordel, preencheram as nossas aulas fazendo com que se abrisse aos alunos um mundo de sonoridade e de xaxaxas (x não rima e A rima).
X Dizia um certo amigo meu
A Que na cidade onde morava
X Existia uma família ali
A A qual o povo se assustava
X Pois eram tão esquisitos
A Que ninguém atenção dava.
Um portal novo estimulou o grupo para a elaboração de pequenas estrofes que logo se tornaram grandes histórias.
Essas grandes histórias deram vida ao projeto: Contadores de Histórias – uma viagem pelos contos de fadas em cordel.
Trabalhar com projetos possibilita ensinar o aluno a estabelecer relações, realizar pesquisas e suscita o trabalho em equipe seja do professor quanto do aluno.
O trabalho em grupo foi o grande instrumento pedagógico utilizado para a realização de todas as etapas.
Para realizar este projeto foi extremamente importante que os alunos durante todo este processo de conhecimento, buscassem informações e organizassem suas próprias descobertas.
O caminho foi realizado em várias etapas que estruturaram e projetaram os passos seguintes a serem desenvolvidos.
1ª etapa – Formar os grupos
Os alunos do 5º ano foram divididos em três grupos e durante as aulas de Língua Portuguesa (biblioteca e produção de texto) trilharam todas as etapas do trabalho trocando, descobrindo e criando em equipe.
Trabalhar em grupo exige ouvir o que o outro tem a dizer, abrir mão de nossas idéias ou desejos individuais, colaborar no sentido coletivo, respeitar a opinião dos demais, ser flexível, entre outros.
Com os grupos formados o passo seguinte era debater e definir a faixa etária que seria escolhida, isto é, o nosso público alvo.
Uma votação foi feita e escolhemos a Educação Infantil como base para estruturar o nosso trabalho.
2ª etapa – Caracterizar o público alvo
Afinal que história iríamos escrever? Qual o tema preferido dos alunos da Educação Infantil?
Sabíamos que os interesses dos alunos de Jardim II e Pré seriam diferentes dos alunos de Maternal e Jardim I, portanto, era importante definir estratégias para buscar essas informações.
Entrei em contato com a Orientadora da Educação Infantil, Renata Chaves, que nos forneceu grandes dicas para começar o nosso projeto.
Definimos que num primeiro momento os grupos iriam realizar uma entrevista com os alunos do pré.
No dia determinado, a professora do pré tarde Claudia Trindade e seus alunos, estavam nos aguardando. Antes de iniciar as entrevistas explicamos qual seria o nosso projeto para a Feira do Livro.
Cada grupo ficou responsável em entrevistar um determinado número de alunos e através de um roteiro pré-elaborado buscar as informações necessárias.
O encontro foi excelente e os alunos puderam começar a definir qual seria o tipo de história mais indicada para que eles pudessem produzir e posteriormente apresentar.
Porém, ainda faltava pesquisar sobre as preferências dos alunos de Jardim I e Maternal.
O grupo entrevistou professora Daniela e conheceu os livros que a turma do jardim I estava lendo. Com os dados obtidos conseguimos determinar que as histórias seriam os Contos de Fadas.
Os alunos da Educação Infantil mostraram que os Contos de Fadas fazem parte do mundo literário que eles conhecem: bruxas, princesas, mágicas, castelos, príncipes, que percorrem todo o seu imaginário.
3ªetapa – A arte de contar histórias
A arte de contar histórias existe desde os mais remotos tempos da história da humanidade. Nas culturas tradicionais essa forma de comunicação sempre teve a função de armazenar, difundir e perpetuar conhecimentos e valores, configurados em relatos míticos, contos e lendas.
Ler para as crianças é uma atividade fundamental. É ouvindo contos, fábulas, mitos, notícias ou poemas, que elas podem ter acesso ao que a escrita representa, além de aprender a respeito da linguagem que se usa para escrever.
Para aprender um pouco sobre esta arte, o grupo do 5º ano recebeu a visita da Clara, contadora de histórias, que mostrou as técnicas e quatro diferentes maneiras de se contar uma história.
O conto de fadas Chapeuzinho Vermelho foi contado utilizando o recurso das transparências.
Para contar a história do Duende da Ponte, Clara, mostrou a importância da expressão corporal e...
...A importância da interação com o público.
Para apresentar o conto, Clara leu o livro apresentando as imagens.
Na sua última história, “O homem que amava caixas”, sentimos toda a emoção da narrativa através da entonação e da expressão corporal que foram descrevendo todas as ações e fatos importantes.
Ficamos com vontade de quero mais!
4ª etapa – Elaboração da narrativa
Definido o tema que seria abordado, cada grupo partiu para a elaboração da narrativa que seria a base para o Cordel e para os Contadores de História. Dois grupos escolheram a reescrita de um conto com a liberdade de criação e um grupo escolheu elaborar um conto novo.
Assim começaram a reescrever ou escrever a narrativa e posteriormente passar a mesma história em Cordel.
5ª etapa – Surgem os cordéis
Quando as histórias ficaram prontas cada grupo tinha ainda a missão final: transformá -las em Cordel. Não nos preocupamos com a métrica, característica deste gênero, mas demos toda a atenção para a estrutura das rimas.
O produto final traduziu todo o empenho e trabalho que os alunos tiveram.
Chapeuzinho maldosa
Thais, Rodrigo, Oswaldo, Bruna e Stéphanie
Era uma vez um Lobinho
Que com seu pai morava.
Certo dia seu pai lhe disse:
Nesta cesta, pão e remédio leva
Para a sua avó doente.
Lobinho rápido concordava.
Ele foi pela floresta.
Nela passarinhos a cantar
Borboletas coloridas
Por ela a voar
Encontrou também
Pescadores a pescar.
Cantando por este caminho
Lobinho encontrou lindas rosas
Deixou a cesta de lado!
Mas, não reparou em Chapeuzinho Maldosa
Que sai detrás da moita e,
Rouba tudo menos as uvas passas!
Lobinho voltou para casa
Triste, com seu pai falou:
- A Chapeuzinho Maldosa,
Minha cesta roubou!
Seu pai não sabia o que dizer
Apenas o consolou.
Durante a noite seu pai
Pensava ao invés de dormir:
“Toda a 5ª feira levaremos remédios
Faremos a avó de Chapeuzinho sorrir!”
Esta é uma boa idéia,
Lobinho também vai curtir!
No dia seguinte, Lobinho;
Chegando perto da casa de sua avó
Passou por uma árvore
De lá, Chapeuzinho pula sem dó;
Começou a falar:
- Desculpe – me! E olhe só
Trouxe sua cesta de volta.
E a amizade foi crescendo
Lobinho para o seu pai falou:
- Posso convidar Chapeuzinho para aqui morar?
- Mas é claro! – ela adorou.
Lobinho corre atrás de Chapeuzinho e diz:
- Que tal morar comigo! E com o olho piscou.
- Claro! Foi o que eu sempre quis!
Vamos todos viver contentes!
Pois a Chapeuzinho Maldosa
Não era mais como antes
Se transformou em Chapeuzinho Vermelho
Mas esta história já conhecemos bastante!
Sonho ou realidade
Beatriz, Victória, Gabriel e Henrique
Era uma vez dois irmãos
Arthur e Mariana se chamavam.
De carrinho e boneca
Brincando estavam.
Quando a mãe deles grita:
- É tarde, pra cama corram!
Quase ao deitar,
Um cheiro sentiram.
Caíram nas camas
Onde profundamente dormiram.
Mariana acordou numa torre.
E Arthur numa ilha, bem, onde estavam?
Mariana um susto tomou
Ao ver o dragão cuspidor!
Rápido pegou uma espada
E lutou contra o ser assustador.
Mariana na luta
Fez do dragão um perdedor.
Uma paulada de um pirata,
Na ilha Arthur levou.
- Onde Mariana está?
Ao acordar perguntou.
- Fica quieto garoto!
E a cantar continuou.
Eu sou o pirata
Da perna de pau.
De olho de vidro
E cara de mau.
De olho de vidro
E cara de mau.
Sua irmã da torre,
Como mágica saiu.
Fugiu para a praia
E de novo o cheiro sentiu.
Quando este foi seguir
Uma mágica e ela sumiu.
Apareceu numa prainha
Viu gente com perna de pau,
Um preso no coqueiro,
Para ela isso não era nada legal
Ver seu irmão preso
Com um pirata mau.
“Se não estivesse preso
uma paulada lhe dava“.
Pensou Arthur com seus botões!
Já por trás o soltava
A sua irmã esperta
Enquanto o pirata cantava.
Nele deram uma paulada.
O chato desmaiara.
Os irmãos se abraçaram
E o cheiro voltara.
No quarto como no início
Mas o sol já raiara.
Quando a mãe deles grita:
- Já é tarde vamos levantar?
Os dois irmãos se olham
Sem poder acreditar!
O que tinha acontecido
Logo após se deitar?
Arthur pensou que fosse sonho.
Mariana que fosse verdade.
Na caixa de brinquedos
Ela encontrou a realidade
A espada mágica
E para vocês pergunta:
É SONHO OU REALIDADE?
O duende da ponte
Juliana, Enzo, Felipe, Carolina e Vinicius
Era uma vez um menino
Que adorava ir ‘a escola
Ele descia e subia montanhas
E sempre gastava sua sola
Sua mãe um dia o avisou
A uma certa hora.
- Tome cuidado com o duende da ponte
Ele é muito bobinho
Atravesse-a com cautela
Ele gosta de trocadinhos.
O menino saiu de sua casa
Todo apressadinho.
O menino rapidinho chegou
O duende logo pulou
Na frente do menino
E ele um susto tomou
O duende desconfiado
O olhou e pensou
Hoje vou ganhar dinheiro!
E o duende falou:
- Cadê o meu trocado?
O menino pensou e pensou
E chegou em uma conclusão
Então o menino perguntou:
- Que tal uma charada?
O duende falou:
- Ah! Eu sou bom em charadas!
Então o duende concordou.
- Então vamos lá
O menino sentou e perguntou.
- Por que a girafa tem um pescoço tão grande?
O duende rapidinho se enrugou
O menino com uma cara de desinteressado
O duende pensou e pensou...e falou
- Porque ela é uma girafa!
Téo na gargalhada caiu.
- Mas qual é a resposta?
O duende perguntou:
-Por que sua cabeça é muito separada do corpo.
Disse Téo e logo vazou:
O duende ficou irritado
E para sua mãe chorou.
No outro dia
Téo pela ponte passou
O duende já o esperando
De cima da ponte pulou.
- Minha mãe me disse!
Você me enganou!
Téo desconsolado
Para ele falou:
- Venha comigo ‘a escola!
Téo feliz exclamou.
O consolado duende
Logo aceitou.
6ª etapa – A preparação para a apresentação.
Com as histórias prontas e os cordéis também, era hora de colocar tudo que aprendemos com a Clara em prática.
Inicialmente os grupos ensaiaram sozinhos divididos em espaços diferenciados na escola.
Eu, Clara e Cris (auxiliar de sala) acompanhávamos o grupo orientando, dando dicas, trabalhando com a expressão oral e corporal dos contadores. Fizemos um rodízio trazendo um novo olhar ou novas idéias para cada atuação observada.
Nos últimos ensaios reunimos os grupos e eles se revezavam no papel de contadores e telespectadores.
Cada grupo se organizou buscando montar o figurino dos personagens; pensaram no cenário das cenas e colaboraram entre si na busca dos materiais ou objetos necessários para cada encenação.
Rosaly Stefani
Dentro dos objetivos de Língua Portuguesa, neste 1º Trimestre, procurei desenvolver a habilidade de produzir textos selecionando e combinando palavras de forma a evidenciar a sonoridade e o ritmo através de rimas.
Para tanto, iniciei o trabalho de cordel tendo como gerador o texto “Vaca Estrela e Boi Fubá” do cordelista e repentista Patativa do Assaré.
Os cordéis são livretos confeccionados em papel jornal que através de versos de poetas populares contam, de modo pitoresco, satírico, cômico ou trágico, casos verdadeiros ou fictícios, sempre relacionados à cultura de determinada região ou município. São chamados de Literatura de Cordel por serem costumeiramente pendurados em cordões nas barracas das feiras populares do interior dos Estados do Nordeste.
Como iniciamos o ano letivo lendo e produzindo textos narrativos que tinham como base os contos de mistério, os cordéis aproximaram os alunos de uma estrutura textual totalmente diferente.
Brincar com os versos, construir rimas, aproximar as produções das estruturas métricas utilizadas no cordel, preencheram as nossas aulas fazendo com que se abrisse aos alunos um mundo de sonoridade e de xaxaxas (x não rima e A rima).
X Dizia um certo amigo meu
A Que na cidade onde morava
X Existia uma família ali
A A qual o povo se assustava
X Pois eram tão esquisitos
A Que ninguém atenção dava.
Um portal novo estimulou o grupo para a elaboração de pequenas estrofes que logo se tornaram grandes histórias.
Essas grandes histórias deram vida ao projeto: Contadores de Histórias – uma viagem pelos contos de fadas em cordel.
Trabalhar com projetos possibilita ensinar o aluno a estabelecer relações, realizar pesquisas e suscita o trabalho em equipe seja do professor quanto do aluno.
O trabalho em grupo foi o grande instrumento pedagógico utilizado para a realização de todas as etapas.
Para realizar este projeto foi extremamente importante que os alunos durante todo este processo de conhecimento, buscassem informações e organizassem suas próprias descobertas.
O caminho foi realizado em várias etapas que estruturaram e projetaram os passos seguintes a serem desenvolvidos.
1ª etapa – Formar os grupos
Os alunos do 5º ano foram divididos em três grupos e durante as aulas de Língua Portuguesa (biblioteca e produção de texto) trilharam todas as etapas do trabalho trocando, descobrindo e criando em equipe.
Trabalhar em grupo exige ouvir o que o outro tem a dizer, abrir mão de nossas idéias ou desejos individuais, colaborar no sentido coletivo, respeitar a opinião dos demais, ser flexível, entre outros.
Com os grupos formados o passo seguinte era debater e definir a faixa etária que seria escolhida, isto é, o nosso público alvo.
Uma votação foi feita e escolhemos a Educação Infantil como base para estruturar o nosso trabalho.
2ª etapa – Caracterizar o público alvo
Afinal que história iríamos escrever? Qual o tema preferido dos alunos da Educação Infantil?
Sabíamos que os interesses dos alunos de Jardim II e Pré seriam diferentes dos alunos de Maternal e Jardim I, portanto, era importante definir estratégias para buscar essas informações.
Entrei em contato com a Orientadora da Educação Infantil, Renata Chaves, que nos forneceu grandes dicas para começar o nosso projeto.
Definimos que num primeiro momento os grupos iriam realizar uma entrevista com os alunos do pré.
No dia determinado, a professora do pré tarde Claudia Trindade e seus alunos, estavam nos aguardando. Antes de iniciar as entrevistas explicamos qual seria o nosso projeto para a Feira do Livro.
Cada grupo ficou responsável em entrevistar um determinado número de alunos e através de um roteiro pré-elaborado buscar as informações necessárias.
O encontro foi excelente e os alunos puderam começar a definir qual seria o tipo de história mais indicada para que eles pudessem produzir e posteriormente apresentar.
Porém, ainda faltava pesquisar sobre as preferências dos alunos de Jardim I e Maternal.
O grupo entrevistou professora Daniela e conheceu os livros que a turma do jardim I estava lendo. Com os dados obtidos conseguimos determinar que as histórias seriam os Contos de Fadas.
Os alunos da Educação Infantil mostraram que os Contos de Fadas fazem parte do mundo literário que eles conhecem: bruxas, princesas, mágicas, castelos, príncipes, que percorrem todo o seu imaginário.
3ªetapa – A arte de contar histórias
A arte de contar histórias existe desde os mais remotos tempos da história da humanidade. Nas culturas tradicionais essa forma de comunicação sempre teve a função de armazenar, difundir e perpetuar conhecimentos e valores, configurados em relatos míticos, contos e lendas.
Ler para as crianças é uma atividade fundamental. É ouvindo contos, fábulas, mitos, notícias ou poemas, que elas podem ter acesso ao que a escrita representa, além de aprender a respeito da linguagem que se usa para escrever.
Para aprender um pouco sobre esta arte, o grupo do 5º ano recebeu a visita da Clara, contadora de histórias, que mostrou as técnicas e quatro diferentes maneiras de se contar uma história.
O conto de fadas Chapeuzinho Vermelho foi contado utilizando o recurso das transparências.
Para contar a história do Duende da Ponte, Clara, mostrou a importância da expressão corporal e...
...A importância da interação com o público.
Para apresentar o conto, Clara leu o livro apresentando as imagens.
Na sua última história, “O homem que amava caixas”, sentimos toda a emoção da narrativa através da entonação e da expressão corporal que foram descrevendo todas as ações e fatos importantes.
Ficamos com vontade de quero mais!
4ª etapa – Elaboração da narrativa
Definido o tema que seria abordado, cada grupo partiu para a elaboração da narrativa que seria a base para o Cordel e para os Contadores de História. Dois grupos escolheram a reescrita de um conto com a liberdade de criação e um grupo escolheu elaborar um conto novo.
Assim começaram a reescrever ou escrever a narrativa e posteriormente passar a mesma história em Cordel.
5ª etapa – Surgem os cordéis
Quando as histórias ficaram prontas cada grupo tinha ainda a missão final: transformá -las em Cordel. Não nos preocupamos com a métrica, característica deste gênero, mas demos toda a atenção para a estrutura das rimas.
O produto final traduziu todo o empenho e trabalho que os alunos tiveram.
Chapeuzinho maldosa
Thais, Rodrigo, Oswaldo, Bruna e Stéphanie
Era uma vez um Lobinho
Que com seu pai morava.
Certo dia seu pai lhe disse:
Nesta cesta, pão e remédio leva
Para a sua avó doente.
Lobinho rápido concordava.
Ele foi pela floresta.
Nela passarinhos a cantar
Borboletas coloridas
Por ela a voar
Encontrou também
Pescadores a pescar.
Cantando por este caminho
Lobinho encontrou lindas rosas
Deixou a cesta de lado!
Mas, não reparou em Chapeuzinho Maldosa
Que sai detrás da moita e,
Rouba tudo menos as uvas passas!
Lobinho voltou para casa
Triste, com seu pai falou:
- A Chapeuzinho Maldosa,
Minha cesta roubou!
Seu pai não sabia o que dizer
Apenas o consolou.
Durante a noite seu pai
Pensava ao invés de dormir:
“Toda a 5ª feira levaremos remédios
Faremos a avó de Chapeuzinho sorrir!”
Esta é uma boa idéia,
Lobinho também vai curtir!
No dia seguinte, Lobinho;
Chegando perto da casa de sua avó
Passou por uma árvore
De lá, Chapeuzinho pula sem dó;
Começou a falar:
- Desculpe – me! E olhe só
Trouxe sua cesta de volta.
E a amizade foi crescendo
Lobinho para o seu pai falou:
- Posso convidar Chapeuzinho para aqui morar?
- Mas é claro! – ela adorou.
Lobinho corre atrás de Chapeuzinho e diz:
- Que tal morar comigo! E com o olho piscou.
- Claro! Foi o que eu sempre quis!
Vamos todos viver contentes!
Pois a Chapeuzinho Maldosa
Não era mais como antes
Se transformou em Chapeuzinho Vermelho
Mas esta história já conhecemos bastante!
Sonho ou realidade
Beatriz, Victória, Gabriel e Henrique
Era uma vez dois irmãos
Arthur e Mariana se chamavam.
De carrinho e boneca
Brincando estavam.
Quando a mãe deles grita:
- É tarde, pra cama corram!
Quase ao deitar,
Um cheiro sentiram.
Caíram nas camas
Onde profundamente dormiram.
Mariana acordou numa torre.
E Arthur numa ilha, bem, onde estavam?
Mariana um susto tomou
Ao ver o dragão cuspidor!
Rápido pegou uma espada
E lutou contra o ser assustador.
Mariana na luta
Fez do dragão um perdedor.
Uma paulada de um pirata,
Na ilha Arthur levou.
- Onde Mariana está?
Ao acordar perguntou.
- Fica quieto garoto!
E a cantar continuou.
Eu sou o pirata
Da perna de pau.
De olho de vidro
E cara de mau.
De olho de vidro
E cara de mau.
Sua irmã da torre,
Como mágica saiu.
Fugiu para a praia
E de novo o cheiro sentiu.
Quando este foi seguir
Uma mágica e ela sumiu.
Apareceu numa prainha
Viu gente com perna de pau,
Um preso no coqueiro,
Para ela isso não era nada legal
Ver seu irmão preso
Com um pirata mau.
“Se não estivesse preso
uma paulada lhe dava“.
Pensou Arthur com seus botões!
Já por trás o soltava
A sua irmã esperta
Enquanto o pirata cantava.
Nele deram uma paulada.
O chato desmaiara.
Os irmãos se abraçaram
E o cheiro voltara.
No quarto como no início
Mas o sol já raiara.
Quando a mãe deles grita:
- Já é tarde vamos levantar?
Os dois irmãos se olham
Sem poder acreditar!
O que tinha acontecido
Logo após se deitar?
Arthur pensou que fosse sonho.
Mariana que fosse verdade.
Na caixa de brinquedos
Ela encontrou a realidade
A espada mágica
E para vocês pergunta:
É SONHO OU REALIDADE?
O duende da ponte
Juliana, Enzo, Felipe, Carolina e Vinicius
Era uma vez um menino
Que adorava ir ‘a escola
Ele descia e subia montanhas
E sempre gastava sua sola
Sua mãe um dia o avisou
A uma certa hora.
- Tome cuidado com o duende da ponte
Ele é muito bobinho
Atravesse-a com cautela
Ele gosta de trocadinhos.
O menino saiu de sua casa
Todo apressadinho.
O menino rapidinho chegou
O duende logo pulou
Na frente do menino
E ele um susto tomou
O duende desconfiado
O olhou e pensou
Hoje vou ganhar dinheiro!
E o duende falou:
- Cadê o meu trocado?
O menino pensou e pensou
E chegou em uma conclusão
Então o menino perguntou:
- Que tal uma charada?
O duende falou:
- Ah! Eu sou bom em charadas!
Então o duende concordou.
- Então vamos lá
O menino sentou e perguntou.
- Por que a girafa tem um pescoço tão grande?
O duende rapidinho se enrugou
O menino com uma cara de desinteressado
O duende pensou e pensou...e falou
- Porque ela é uma girafa!
Téo na gargalhada caiu.
- Mas qual é a resposta?
O duende perguntou:
-Por que sua cabeça é muito separada do corpo.
Disse Téo e logo vazou:
O duende ficou irritado
E para sua mãe chorou.
No outro dia
Téo pela ponte passou
O duende já o esperando
De cima da ponte pulou.
- Minha mãe me disse!
Você me enganou!
Téo desconsolado
Para ele falou:
- Venha comigo ‘a escola!
Téo feliz exclamou.
O consolado duende
Logo aceitou.
6ª etapa – A preparação para a apresentação.
Com as histórias prontas e os cordéis também, era hora de colocar tudo que aprendemos com a Clara em prática.
Inicialmente os grupos ensaiaram sozinhos divididos em espaços diferenciados na escola.
Eu, Clara e Cris (auxiliar de sala) acompanhávamos o grupo orientando, dando dicas, trabalhando com a expressão oral e corporal dos contadores. Fizemos um rodízio trazendo um novo olhar ou novas idéias para cada atuação observada.
Nos últimos ensaios reunimos os grupos e eles se revezavam no papel de contadores e telespectadores.
Cada grupo se organizou buscando montar o figurino dos personagens; pensaram no cenário das cenas e colaboraram entre si na busca dos materiais ou objetos necessários para cada encenação.